Atualização (27/05/2020): o professor Pedro Nascimento Silva (ENCE/IBGE) fez uma apresentação sobre o mesmo tópico em 2019 para o Colóquio do IME-USP. O link para slides e vídeo da apresentação podem ser encontrados aqui.
Eu queria fechar esse ano com um problema que andei lendo a respeito no passado recente: inferência descritiva com amostras não-probabilísticas. Alguns dos textos mais interessantes são Smith (1983), Meng (2014), Elliott e Valliant (2017) e Meng (2018).
O assunto de hoje são os microdados do OBMigra. Mas, antes disso, vamos apresentar um pouco do contexto institucional.
OBMigra O Observatório das migrações internacionais (OBMigra) é fruto de um convênio estabelecido entre o Ministério do Trabalho (MTb), Conselho Nacional de Imigração (CNIg) e Universidade de Brasília (UnB). Sua finalidade é ampliar o conhecimento a respeito dos fluxos migratórios internacionais no Brasil, através de estudos e análises empíricas, e fornecer subsídios para a formulação de estratégias de política pública.
Dando sequência ao post anterior, vamos analisar outra base de dados. Ou outras bases de dados?
Dessa vez, falaremos dos microdados do RAIS e CAGED. Vamos?
Bases do Ministério do Trabalho O Ministério do Trabalho (MTb) permite que o usuário acesse os microdados de duas bases muito interessantes: RAIS e CAGED. Bom, além de serem mais dois elementos na “sopa de letrinhas” de microdados brasileiros, o que são exatamente esses dados?
Há alguns dias atrás, rolou o ENEM desse ano. E daí veio a ideia para este post: analisar a desigualdade na educação entre os jovens do Ensino Médio a partir das pontuações dos candidatos. Usando R, como sempre.
Vou tentar manter as complicações matemáticas fora da questão e focar na aplicação da técnica para entender o contexto da desigualdade educacional. Assim, pretendo trazer gente de outras áreas, como pedagogos e sociólogos, que podem se beneficiar de mais uma ferramenta para analisar o problema, além de contribuir com novas perspectivas para “aqueles que só pensam com números”1.