TL;DR: subregistro existe, é um problema e as taxas de mortalidade ingênuas estão provavelmente erradas. Mas não são inúteis.
Estive fazendo alguns exercícios de demografia e pensando sobre subregistro e o quanto isso é um problema. Resolvi pegar algumas leituras que fiz recentemente e tentar mostrar onde isso aparece.
Um pouco de história Em alguns países, os registros de nascimentos e mortes é tão bom que você pode calcular as estimativas mortalidade infantil diretamente.
O princípio de Pigou-Dalton é uma das ideias mais fundamentais na mensuração de desigualdade em variáveis cardinais. Basicamente, quando determinada quantidade de renda é transferida de alguém pobre para alguém rico (i.e., uma transferência regressiva), a desigualdade aumenta.
Algumas medidas de desigualdade atendem o princípio de Pigou-Dalton apenas em alguns conjuntos da distribuição de renda: por exemplo, a razão entre as rendas dos 10% mais ricos sobre os 50% mais pobres – i.
É notório que há uma grande subnotificação de casos da COVID-19. Como se pode imaginar, testar as pessoas na porta do hospital enviesaria as amostras. Então, como fazer testagem em massa? Uma estratégia possível seria usar uma amostra aleatória. Usando uma ideia antiga desenvolvida pelo economista estatístico Robert Dorfman (Dorfman, 1943), é possível reduzir os custos da testagem. Por exemplo, em vez de testar imediatamente todas as pessoas de um domicílio, testamos o conjunto de pessoas.
Às vezes, quando estamos estudando algo, acabamos aprendendo mais do que esperávamos.
Há alguns dias, andei estudando ligação probabilística de bases de dados. Acabei notando que uma coisa interessante: essa técnica pode ser usada para comparar coisas bem diferentes. Anotei no meu caderno e resolvi explorar mais a fundo hoje.
Vejamos.
Entendendo a desigualdade regional no Brasil a partir do mundo Na época que eu trabalhava mais diretamente com comunicação a partir de estatísticas, o problema principal era: como ajudar o leitor não-especializado a entender um número?