Na próxima segunda-feira (07/11/2022), vou ministrar o minicurso “Medindo Desigualdade e Pobreza com a PNAD Contínua” no XXII Encontro Nacional de Estudos Populacionais (ENEP), promovido pela Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP); mais informações sobre este e outros minicursos podem ser encontrados neste link.
Este ano, o curso é uma versão mais curta daquele que ministrei em 2021 para o IESP, com algumas novidades. Também estou trabalhando em uma nova versão para 2023, com algumas aulas a mais.
Atualização (07/10/2022): um colega encontrou um erro na modo como eu construí a variável. Diante disso, aproveitei um tweet antigo para reescrever de um jeito que faça mais sentido, usando uma variável derivada baseada na escala de segurança alimentar usada no IBGE. No entanto, o argumento permanece o mesmo.
A última Pesquisa de Orçamentos Familliares (POF), realizada em 2017-2018, traz informações muito interessantes sobre consumo e condição de vida das pessoas.
Há algum tempo atrás, vi uma discussão bem interessante sobre desigualdade e a Grazielle David do podcast É da sua conta! levantou o tema da polarização de renda. Eu já tinha lido um pouco a respeito e tinha até começado a escrever uma apresentação sobre o tema, mas não tinha calculado nada de fato. Deixei anotado para o futuro.
O momento chegou. Neste post, vou tentar explicar um pouco do que é polarização e como essa abordagem se diferencia da desigualdade.
O princípio de Pigou-Dalton é uma das ideias mais fundamentais na mensuração de desigualdade em variáveis cardinais. Basicamente, quando determinada quantidade de renda é transferida de alguém pobre para alguém rico (i.e., uma transferência regressiva), a desigualdade aumenta.
Algumas medidas de desigualdade atendem o princípio de Pigou-Dalton apenas em alguns conjuntos da distribuição de renda: por exemplo, a razão entre as rendas dos 10% mais ricos sobre os 50% mais pobres – i.