Na próxima segunda-feira (07/11/2022), vou ministrar o minicurso “Medindo Desigualdade e Pobreza com a PNAD Contínua” no XXII Encontro Nacional de Estudos Populacionais (ENEP), promovido pela Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP); mais informações sobre este e outros minicursos podem ser encontrados neste link.
Este ano, o curso é uma versão mais curta daquele que ministrei em 2021 para o IESP, com algumas novidades. Também estou trabalhando em uma nova versão para 2023, com algumas aulas a mais.
Pergunta rápida: entre 2015 e 2019, a pobreza aumentou ou diminuiu? Se você pergunta de um logicista, a resposta é sim. Se você pergunta de economista, a resposta é depende.
A medida de pobreza (monetária) mais conhecida é a taxa de pobreza, cuja interpretação é bastante simples: é o percentual de pessoas que cuja renda é inferior ou igual a uma linha de pobreza. Neste caso, precisamos resolver dois pontos: a definição de renda e da linha de pobreza.
Atualização (07/10/2022): um colega encontrou um erro na modo como eu construí a variável. Diante disso, aproveitei um tweet antigo para reescrever de um jeito que faça mais sentido, usando uma variável derivada baseada na escala de segurança alimentar usada no IBGE. No entanto, o argumento permanece o mesmo.
A última Pesquisa de Orçamentos Familliares (POF), realizada em 2017-2018, traz informações muito interessantes sobre consumo e condição de vida das pessoas.
Há algum tempo atrás, vi uma discussão bem interessante sobre desigualdade e a Grazielle David do podcast É da sua conta! levantou o tema da polarização de renda. Eu já tinha lido um pouco a respeito e tinha até começado a escrever uma apresentação sobre o tema, mas não tinha calculado nada de fato. Deixei anotado para o futuro.
O momento chegou. Neste post, vou tentar explicar um pouco do que é polarização e como essa abordagem se diferencia da desigualdade.