Ao estudar algumas características de populações distintas, outras características podem influenciar indiretamente na análise. Por exemplo, ao ver a taxa de mortalidade bruta (TBM) da Itália e comparar com a mesma taxa do Nordeste pode ser que a primeira seja maior que a segunda. Isso singifica que as condições de vida na Itália são piores que no Nordeste? Não. Acontece que, por causa da estrutura etária, essa comparação não é justa: uma população mais velha tende a apresentar TBM mais alta que outra mais jovem.
Há alguns dias atrás, rolou o ENEM desse ano. E daí veio a ideia para este post: analisar a desigualdade na educação entre os jovens do Ensino Médio a partir das pontuações dos candidatos. Usando R, como sempre.
Vou tentar manter as complicações matemáticas fora da questão e focar na aplicação da técnica para entender o contexto da desigualdade educacional. Assim, pretendo trazer gente de outras áreas, como pedagogos e sociólogos, que podem se beneficiar de mais uma ferramenta para analisar o problema, além de contribuir com novas perspectivas para “aqueles que só pensam com números”1.